sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

RECITAIS DAZIBAO com duas performances: APARECIDA NOGUEIRA- O SER POÉTICO e MORRER EM MAIO.





Recebo através de Oswaldo André, a programação abaixo.parece "espetacular", confiram:


RECITAIS DAZIBAO TRAZEM APARECIDA NOGUEIRA E FREI MIGUEL




" O GRUPO CAPELA, sob direção de Osvaldo André, participa do projeto RECITAIS DAZIBAO com duas performances: APARECIDA NOGUEIRA: O SER POÉTICO e MORRER EM MAIO.

A artista de circo Aparecida Nogueira, 90 anos, interpreta poemas do seu repertório, uma cançoneta circense e duas canções de sua autoria, acompanhada pelo violonista Marco Túlio Clementino, 23 anos.

Ênia Azevedo escreveu sobre ela: “Nos diversificados autores apresentados, Aparecida Nogueira nos traz imagens caleidoscópicas, que se associam à sua figura humana, à sua vida de muitos caminhos e obstáculos, à energia do seu otimismo.” Por isso, o nome: APARECIDA NOGUEIRA: O SER POÉTICO.

MORRER EM MAIO apresenta Osvaldo André e os cantores José Carlos Gonçalves (barítono) e Simone Santus (soprano), que interpretam os diálogos (poemas) de Frei Miguel com Deus, dilacerado, entre “os desejos do corpo” e “os impulsos do céu”.

Completa esta edição do projeto RECITAIS DAZIBAO a leitura dramática: 1968-A POESIA EM TRÂNSITO. Em cena, Adriana Versiani, Camilo Lara, Daniel Bilac e Valquíria Rabelo.


Dia 14 de dezembro, às 18h e às 20h, no auditório do SEST, na Av. Martin Cyprien, 1100, Bela Vista. Entrada franca. Convites na “Boutique do Livro” e no SEST.



...


FICHA TÉCNICA


APARECIDA NOGUEIRA: O SER POÉTICO


Interpretação de músicas e poemas: .............................. Aparecida Nogueira

Violão, arranjos: ............................................................ Marco Túlio Clementino

Pesquisa, assistente de direção: ..................................... Lúcia Rodrigues

Concepção, direção: ...................................................... Osvaldo André


MORRER EM MAIO


Elenco: ......... Simone Santus (soprano), José Carlos Gonçalves (barítono) e Osvaldo

André

Sonorização, musicalização, direção musical: ......................... José Carlos Gonçalves

Técnica de som: ................................................................................. Lúcia Rodrigues

Figurino, objetos de cena: .................................................... Maria Cecília Guimarães

Concepção cênica e direção geral: ...................................................... Osvaldo André

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ÓCIO SEM CULPA -Luiz Lyrio



ÓCIO SEM CULPA


Ócio, sm. 1. Descanso ou folga do trabalho. 2. Lazer. 3. Preguiça, moleza.
Nem o meu pequeno dicionário poupa a palavra ócio do estigma negativo que lhe foi imposto através dos séculos. No século XXI, a palavra, aos poucos, vai assumindo definitivamente seu significado exclusivamente negativo. Numa sociedade onde o lema é trabalhar e consumir, usufruir do ócio tornou-se um terrível pecado.
Ai daquele que escolhe o ócio ao trabalho! Entendendo liberdade como o exercício do nosso direito de escolha, nas sociedades do século XXI, é proibido escolher viver uma vida ociosa e de contemplação. Se, em uma época ainda recente, sobrava-nos a opção de enveredarmos por um modo de vida ocioso marginal, porém ainda admirado por uma parcela de mentalidade mais avançada da sociedade, hoje, o ócio tornou-se a marca daquele que não pode ter direito à satisfação de suas necessidades básicas – “quem não trabalha não come” - e ao convívio social e deve ser “tratado”, receber alguma ajuda especializada. Quem pratica e quer viver no ócio está “doente”, “deprimido” ou “desgostoso da vida”, como diziam os antigos.
O pior de tudo, porém, é que já está impregnada dentro de cada um de nós a idéia de que o ócio é um “pecado”.

E é entristecido que vejo as pessoas perdendo, à medida que o tempo passa, a capacidade de ficar algum tempo descansando, sem sentir culpa. “O que você fez de produtivo hoje?”, pergunta-nos, diariamente, o sempre chato e inconveniente grilo falante que alguns chamam de consciência e todos temos dentro de nós. E o homem do século XXI, também questionado vinte e quatro horas por dia pelas terríveis máquinas criadas para condicioná-lo, doutriná-lo e controlá-lo, sofre, quando constata que, ao fim de um dia, nada fez de produtivo. Alguns, mais criativos, procuram unir o útil ao agradável, “fazendo alguma coisa” ao mesmo tempo em que se dedicam a um falso e “ocupado” ócio. Mas ninguém se sente bem “ocioso”.


Até os pobres velhos aposentados, que já dedicaram décadas de sua vida ao exercício de uma atividade produtiva, sentem-se mal em serem “improdutivos” e muitos procuram uma atividade, não porque precisam, mas para escapar da depressão proveniente do fato de estarem atormentados por um torturante sentimento de culpa.


Diante de tudo isso, só existe uma cura para essa terrível doença que acomete o homem do século XXI: combater o sentimento de culpa e exercer o ócio em toda a sua plenitude. Ser ou estar ocioso é digno, bom e saudável! Como diz um trecho da Bíblia, há um tempo para tudo. Há o tempo de trabalhar e o tempo de descansar, folgar, dedicar-se ao lazer. Há sim o tempo para praticar a preguiça, a boa preguiça que alguns religiosos corruptos, regiamente recompensados pelos patrões da época, incluíram entre os sete pecados capitais, provavelmente no lugar de outro pecado como “intolerância religiosa”, “exploração do semelhante”, “sede de poder” ou coisa parecida.

Hoje, o significado doentio e negativo da palavra “ócio” impede que o homem do século XXI se “desrobotize” e pratique, sem nenhum “grilo” a atormentá-lo, o exercício da boa e saudável preguiça. Diante disso, só me resta aconselhar a você, caro leitor, que pratique o ócio sem culpa. E, de preferência, que pratique o ócio remunerado, aquele destituído de preocupações com dividas, sobrevivência, pensões alimentícias ou coisa que o valha. E, se alguém tentar incutir-lhe culpa por estar desocupado, simplesmente nada responda. Desligue seu cérebro, feche os olhos, relaxe, vire para o outro lado e finja estar dormindo. Quem sente falta, que vá trabalhar.

Luiz Lyrio – Professor Aposentado – Aracaju – SE – www.lyr.myblog.com.br
Rua Campo do Brito, 162 – Tels (79)3213 1351 / (79)8803 4136

domingo, 30 de novembro de 2008

InBRasCi e Embaixada da Paz homenageiam D.Ivanir Carvalho em Belo Horizonte.









Fotos (clicks de Angela Togeiro):

D.Ivanir e seu filho , o músico Fernando. que colocou a nosso pedido, a medalha de Prata de Mérito, do InBrasCi (e Clevane)


D.Ivanir e aluna, que leu para ela, um recado das alunas presentes.


Surpresa, D.Ivanir fica sabendo por nosso intermédio, que receberá o certificado de Amiga da Paz,das Artes, da Poesia e da Vida (*), e o Certificado de Mérito , a ser entregue por Angela Togeiro,membro Honorpáruio do inBrasci , poeta e acadêmica, entre outras , da da Academia Feminina de Letras (AFEMIL) e da Academia Municipalista de Letras em Belo Horizonte, uma Homenagem do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais (InBrasCi)-deixamos a medalha de Prata enviada pela Governadora em Minas da entidade,, Andreia Donadon,para surpresa final.

Alunas e professores, convidados do Curso de ataualização Mulher Hoje, de Ivanir carvalho, na expressiva festa de 20 anos do mesmo, no salão onde se reúnem todas as semanas, na Igreja do Carmo.

A festa das duas décadas do Curso de atualização Cultural Mulher de Hoje, dirigido por D.Ivanir carvalho, foi comovente.Em uma telão, foram mostrados depoimentos de alunas e professores do cito curso, fotos de festas, aulas e viagens do grupo.

Quando solicitamos autorização , à Goverandoria mineira do InBrasCi, para atribuir um Certificado de Mérito a D.Ivanir, por seu trabalho contínuo e incansável -segundo ela seu maior prazer é ir ao curso- depois de enviar currículo e depoimento pessoal,foi-nos revelado que a entidade lhe outorgaria uma medalha, que inauguraria a edição Mulher de Minas,portanto, hsitórica.

Por sedex dez, foram entregues as premiações em minha casa e na Terça, dirigi-me para o local das aulas, um salão que decorado,onde Vilma, Beth e muitos amigos , alunos e alguns professores, esperavam os convidados, aí, iria encontrar-me com Angela Togeiro,agora membro do inBrasCi, a quem foi dada a tarefa de ler e entregar o cito certificado de mérito.

D.Ivanir, que estava ainda fora do salão, não imaginava as emoções que viriam.

Quando entreguei , na qualidade de Embaixadora da Paz,o Diploma de Amiga da Paz,das Artes, da poesia e da Vida, solicitei a seu filho que lhe coolocasse a medalha de prata, personalizada,o que gerou uma salva de palmas das muitas que a simpática e dinâmica Professora recebeu.

Dentre os vários convidados, a chegada de Frei Claudio causou um frisson, pois é muito querido das senhoras e também leciona no curso.

Angela Togeiro distribuiu , entre outros, seu livro Pudim de claras Com Baba de Moça, onde a essência da alma feminina se derrama, muito próprio para um curso apenas de mulheres e , para homenagear D.Ivanir, leu um poema do belíssimo livro póstumo de Edelweiss Barcellos, que nos foi entregue por Ana Amélia, nas comemorações do centenário de nascimento dessa singular porta mineira, que residia no Rio de Janeiro.

Foi muito apludida:a escolha da página foi aleatória, mas o poema em questão, tinha tudo a ver com o contexto daquele momento.

Em minha fala, onde expliquei sobre o Círculo Universal da Paz e sobre o InBrasCi, o Aldravismo e os demais órgãos de apoio cultural (*) li as palavras de um dos cartões escritos por D.América Albernaz, que não podia estar presente -o primeiro dos tantos que dela recebi sempre que ministrava algum tema ali.Sua filha, a jornalista Glaucia Albernaz, foi uma das organizadoras do evento, com Vilma Baggio.

Distribuí ainda exemplares dos jornais "CLESI Lítero Cultural", de Ipatinga -edição especial de haikais em homenagem aos cem anos da Imigração japonesa para o Brasil-e o n o Aldravinha númeo 2, com poemas e desnhos de crianças, fruto do Aldrava Cultural de Mariana, a cidade primaz de Minas-e primeira capital do Estado.Ambos os periódicos, apresentados em luxuoso papel Couché.

Também entreguei pequenos marcadores cartonados com haikais de Andréia Leal, J.B.Donadon, Gabriel Bicalho e J.S.Ferreira:

Um louco agitado
longos cabelos no espaço...
Dança dos bambus.
(Andréia Donadon Leal)

>8<

Brejinho perene
entre bardos e taboas...
Um sapo em silêncio.
(J.B.Donadon-Leal)
>*<
Sutil movimento,
ali,veloz colibri
pousando no vento!
(Gabriel Bicalho)
>#<

Trajes coloridos
surrealismo total,
ciganos em bando.
(J.S.Ferreira)
>()<


A Governadora do InBrasCi teve de viajar a s.Paulo,para o lançamento de três antologias de Neli Novaes, de trovas("Espiral de Trovas"), haikais ,cujas capas são telas suas, mas foi representada por Angela e eu,que assim , a apresentamos aos presentes.


Depois do lauto lanche, D.Ivanir circulava, incapaz de segurar a emoção.Depois, ligou-me no dia seguinte para dizer que ainda estava em estado de graça.

Aguardo nonas fotos, inclusive dos jornalistas presentes que as prometeram , pois eu estava sem minha digital e Angela Togeiro, que fotografava, não aparece nessas mostras aqui.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Andreia Donadon e alfaiate Benjamin ALFAIATE BENJAMIN GOMES DE CARVALHO. , membro Honorário do inBrasCi



Fotos:Andréia Donadon , sorridente,ao lado de alfaiate Benjamin ALFAIATE BENJAMIN GOMES DE CARVALHO no aniversário dele . Primavera e inverno em perfeita comunhão..


Uma das características mais admiráveis de Andréia Donadon, Governadora em MG do InsBrasCI(Instito de Culturas Internacionais), é seu interesse por pessoas de mais diade.
nestes dias, contei-lhe do trbalho de D.Ivanir carvalho, mentora do Curso Mulher Hoje, aqui em Belo Horizonte, que completa vinte anos -e ela imediatamente criou a Medalha Mulheres de Minas, que entregaremos à agraciada provavelemnte dia 25:Angela Togeiro, eu e amigos, a representar a Governadora.D.Ivanir inaugurará assim , a série de homenagens à mulher Mineira.
Comentei com ela, por e-mail, que lembrei-me de quando outorgara medalha de Membro Honorário ao alfaiate Benjamin , o ALFAIATE BENJAMIN GOMES DE CARVALHO, de Mariana.Ela disse , numa sincronicidade, estivera em casa dele, pelo aniverário.
Agora, chegam as fotos e ela me envia nossos poemas feitos anteriormente para o doce e querido decano marianense.


vejam as fotos de seu aniversário, enviadas por Andréia e leiam o que nos envia .

Clevane Pessoa (veja abaixo o texto de Andreia, os nossos poemas):




MESTRE DA COSTURA & Membro Honorário do InBrasCI-Minas Gerais, COMEMORA 92 ANOS DE VIDA - 2008

ALFAIATE BENJAMIN GOMES DE CARVALHO



No dia 18 de Novembro de 2007, o alfaiate Benjamin Gomes de Carvalho, conhecido como “Vovô Beijinho”, completou 65 anos de profissão e 90 de vida. Este ano estivemos comemorando com ele e sua família seus 66 anos de profissão e 91 de vida. Brindamos a vida!
Nascido na cidade de Mariana em 1917, filho do sapateiro Hypólito Gomes de Carvalho e da florista Filomena da Silva Carvalho. Casado com a saudosa Maria Augusta da Silva Carvalho, “dona Pepita”. Pai do artista plástico e poeta Roberto Admar de Carvalho, Lêda Maria Carvalho Lopes, Maria da Consolação Carvalho Carneiro, Ângela Maria Gomes Carvalho e Marília Aparecida Gomes Carvalho.
Alfaiate desde 1937, despertou pela arte da costura como aprendiz do mestre Benedito Lima. A primeira alfaiataria foi na Casa de Vicente Dutra, depois montou seu ateliê na Casa dos Lorettos e Casa de Arinos Queiroz na Praça da Sé. Ficou mais de 20 anos com ateliê montado na casa da Rua Direita, hoje sede do IPHAN. Foi Vereador em uma legislatura (1973-1976).
Segundo o mestre da costura, a produção na época era muito grande. Confeccionava semanalmente mais de 20 ternos para autoridades da região e de fora.
Se a geração do presente aplaude a do passado, sem dúvidas a missão foi bem cumprida pelo Mestre da Arte, da Costura; tecer panos com agulhas e botões, tecer sua história nas páginas da vida.



FOTO DE 2007

Andréia Donadon Leal


Homenagem a Vovô Beijinho

V Vão-se os dias e passam anos
O ouvindo o tempo o ferro passar
V vincos que são sulcos nos panos
Ô os obedientes cortes a tesourar...

B Benjamin Gomes de Carvalho
E enfoco verso ao Alfaiate operário
I indumentando o que não é falho
J já vai muito compondo armários
I indo ilustrar um passado grisalho
N nos alinhavos do templo sacrário
H historiando o que se lê no baralho
O ontem é agulha do hoje missionário!

A Poeta dos Ventos
Deth Haak
Rio Grande do Norte


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A Benjamin Gomes de Carvalho

PALAVRAS DO CHANCELER DO InBrasCI- REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL
ILHA DA MADEIRA - PORTUGAL

Singeleza é a maneira com que o corte se une, pelas mãos do Sr. Benjamim Gomes de Carvalho, quando confecciona ternos : Paletó, Colete e Calças, conjunto de indumentária que, sem dúvidas, passava e passa pela ENERGIA e pela atenção prestimosa que ele sempre dedicou ao que fazia e faz.

Elucidar e homenagear gente assim, que ao vestir o outro, entrega sua alma sem nem sequer imaginar se algum dia poderia ou não estar presente aos festejos, bailes, comemorações, nas quais, sem dúvidas, aquelas vestimentas, iriam desfrutar no corpo de seus então proprietários.

O tempo sempre passa, e haja lembrança de alegria e de satisfação que o Sr. Benjamin Gomes de Carvalho emprestou com linha, agulha, tesoura e giz aos que buscavam boa vestimenta em sua ALFAIATARIA da Praça da Sé; sem ter hora para dormir, sempre acordando muito cedo, ele se dedicava de corpo e alma ao que melhor sabia fazer.

Sabe-se lá quantas e quantas pessoas por ele passaram, e quantas ainda passarão, pois apesar dos seus 90 belíssimos anos de vida, muitos ainda o procuram para prosear, ouvir suas histórias e se deliciarem com o que MARIANA tanto com ele aprendeu, ponto a ponto, casa, a casa, botão a botão e tudo COMO MANDA O FIGURINO!

Ah!, que prazer eu teria em um dia abraçar gente assim, mas só me foi dado conhecer o Sr. Benjamim, graças ao Jornal Aldrava, através do qual envio meu grande e fraternal abraço a este ÍCONE da Cultura e da Vida de MARIANA, MINAS GERAIS e Brasil.

Sei bem o que representa para um povo o bem vestir e o quanto a ENERGIA deste senhor ajudou imensa gente a superar situações não apenas pela INDUMENTÁRIA, mas porque realmente o carinho e a maneira singela como ele é aqui apresentado demonstra quem em cada pedaço de tecido, ele também tecia e tece ainda a força e a dignidade que todos merecem ter perante a vida!

Sempre gostei de TERNOS e roupas sob medida e ainda gosto, por isto, quando me dizem para adquirir roupas de marca eu sorrio e sorrio com o coração cheio de alegria por ter sido uma das poucas pessoas deste século que pôde e pode se orgulhar de ter um dia mandado confeccionar um TERNO e até mesmo uma camisa, sob medida, afinal, eram e são tempos de que muito me orgulho pois representava o quanto a industrialização ainda não tinha destruído o que de mais belo o ser humano tem, qual seja, AMOR AO QUE FAZ para quem faz e como faz!

Charles Chaplin quando fez questão de mostrar ao mundo o filme TEMPOS MODERNOS, sabia bem o que queria dizer e até hoje eu creio que ninguém o conseguiu superar, é realmente o AMOR ao que se faz, que move o mundo.

Assim, deixo aqui minha singela homenagem ao ALFAIATE MOR de Mariana, Sr. Benjamin Gomes de Carvalho, agradecendo ao JORNAL ALDRAVA e a Andreia Leal, esta grande e jovem artista plástica, escritora e poetisa, que aos poucos vai demonstrando ao mundo como MARIANA e Minas Gerais tem segredos que são um grande espólio mundial em forma humana e cultural.

Respeitosa e reconhecidamente,
Édison Pereira de Almeida
Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
Representação Internacional do InBrasCI
Ilha da Madeira - Portugal www.ermitaodapicinguaba.com

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Ao alfaiate Benjamin Gomes de Carvalho,
com meu abraço de parabéns.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Jornalista, Psicóloga

LINHA,AGULHA,GIZ,TESOURA...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Costura, a ternura no ponto,
o ponto da linha,
a linha da agulha.
Aprende, ao longo dos tempos
que cousa alguma nasce pronta
que é preciso alinhavar a vida
com pontos firmes
...E mais:
que é necessário aprender a desmanchar
e recomeçar
toda vez que se erra,
a pretender acertar.
E que cada qual
tem uma medida
pessoal
E costuma fazer com capricho
o molde do corpo
no papel.
E entende ainda;
muitas vezes é preciso traçar a giz,
no papel, no tecido
o traço do corte futuro
e deixar a tesoura acompanhar a trilha
e treinar para não sair da linha.
Então, o tecido escolhido
é recortado,
é moldado.
Alinhavado.
Experimentado.
Costurado.
E um dia veste o corpo
que cobre e desveste
na hora exata.
O traço.A linha.A agulha.
O ponto.A ponta da linha.
O buraco na agulha.
A vista apurada.
Os anos que passam.
A vista cansada.
A vida des/cansada.
O corte do molde.
O molde do tempo.
o tecido recortado.
A peça. As peças..
Por exemplo, a camisa:
A cava,a manga,
o punho, as casas.
O decote.A gola,
algumas pregas
e a pala.Quando existem.
As casas.
Que são janelas de botões.
Os olhos do alfaiate,
os olhos são
janelas da alma,
diz o saber popular.
Os olhos podem ser portas,
quando cortas
e costuras.
Olhos de ternuras,
iluminuras registradas.
Belo Horizonte,MG,Brasil, 16 de novembro, 2007





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Andréia Donadon Leal - Déia Leal
Diretora do Jornal Aldrava Cultural
Governadora do InBrasCI-MG
Membro da Academia de Letras Rio- CM e da AVSPE
Membro da Academia Cachoeirense de Letras
Membro da Academia Maceioense de Letras
(31) 8893-3779
(31) 8431-4648


http://www.jornalaldrava.com.br/pag_deia_leal_plan.htm

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E acabamosde receber, do Chanceler do InBRasCI, na Ilha da Madeira,em Portugal,o caro amigo Edison Pereira, um belo texto oferecido ao Zizi Sapateiro:

"Ponto a Ponto

Ponto a ponto, segue ele despontando no horizonte, vindo de mundos eternos, fazendo calças, casacos e ternos, onde o colete é a prova ,de tudo quanto é amor, e, se pontuando ele vive, também pontuando ele cresce, por mais que o tempo passe, mais ele está a crescer, CRÊ...SER...

Tal qual um Carvalho que raios da vida recebe, e em troca, energiza a Terra, seguindo sempre avante, com suas mãos de ARTISTA, transmutando a imagem do ser em imagem que claro, a sociedade exige também se ter, e olha que já lá vão anitos, e mais anitos, em que O MESTRE DA COSTURA BENJAMIM GOMES DE CARVALHO, faz juz ao seu nome e a tudo que se dedicou, sem perder a pose cavalheiresca que enobrece cada dia mais, a ele , a todos seus descendentes e ancestrais.

Ah, um dia! Um dia eu apanho um avião, atravesso este OCEANO imenso e vou lá em MARIANA, encomendar um TERNO, como sempre se fazia antigamente, numa prosa gostosa, com o Mestre e Artista da Costura, e assim, além de matar saudades da minha TERRA NATAL, desejarei a ele, BOAS FESTAS FELIZ NATAL, e também a Andreia Leal, que com carinho e afinco , eleva o nome de MARIANA, como o faz o ALFAIATE, juntando panos e linhas, casas e botões, em um seguimento que acarinha o coração de todos nós, e assim ao fim da linha, desta que vos envio, dou um nó, repleto de amor para não se soltar o alinhavo e saberem que por aqui, muitas saudades nos deixam em forma de AMOR E ALMA PURA.

PARABÉNS Sr. BENJAMIM GOMES DE CARVALHO, que a vida lhe seja sempre plena e saudável como V.Exa. o é para todos que lhe rodeiam e procuram.

Édison Pereira de Almeida - Escritor e Repentista
Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
ILHA DA MADEIRA - EUROPA - PORTUGAL
www.ermitaodapicinguaba.com



Sent: Friday, November 21, 2008 2:04 AM

Subject: Ao Mestre da Costura com carinho

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Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora regional do InBrasCi, em Belo Horizonte, MG

Embaixadora Universal da Paz, pelo Cercle de Amassadeurs univ.de La Paix , em genebra, Suiça.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ivanir Carvalho:vinte Anos do Mulher, Hoje-Curso de Atualização Cultural.







As fotos são do SENILO , dia 13/03/2005, na Semana da Mulher.


Imagens do Evento organizado por Allez Pessoa, a pedido da vereadora Elaine Matozinhos. Chamou-se Mulheres de Minas(*).Nele, Ivanir carvalho foi homenageada por seu trabalho Cultural.


O local foi o Matriz Bar, em Belo Horizonte, MG-Brasil.



Fotos, de baixo para cima:D.Ivani, na mesa, com Lilian Portugal e Neuza Ladeira.

Gonzaga Medeiros, que leu o poema Mulheres de Minas.

A Dra Elaine Matozinhos ouve atentamente as palavras da doce Ivanir Carvalho, durante a entrega das placas comemorativas.

Créditos:SENILO-"SuperJovem"

Ontem à noite, recebi um telefonema de Glaucia Albernaz, com o pedido de mandar um pequeno depoimento sobre essa figura ímpar de mulher, Ivanir carvalho.

Depois de ficar viúva, corajosamente, assumiu a liderança da própia vida e ao criar o Curso Mulher Hoje, ajudou a completar com Cultura e Saberes vários, a vida de muitas mulheres.

Quando sou chamada para ministrar lá alguma palestra, minha alma canta.
Lembro-me que a primeira foi tecida em torno do mote "Avanço para o inverno a poder de Primaveras' -e a psicóloga que sou, trabalhou muitos aspectos das senhoras de mais idade.Para minha surpresa, eram alegres e jovens, bem maquiadas e vestidas e a partir daí, somente mais uma vez, abordei a terceira idade, assim mesmo inserido o tema em outro contexto mais amplo.Também há muitas mulheres não idosas, apenas maduras, que frequentam esse curso aberto e diversificado.Nada melhor para manterem-se atenta às evoluções do tempo.

Já lhes falei da mItologia das Árvores.De Marta Suplicy e Eduardo Suplicy, quando o casamento acabou (palestra criada a aprtir do pedido de mulheres do grupo de D.Selma, que funcionava no PIC Cidade), de sexualidade , de Carlos Drummond de Andrade, de Resiliência, das muitas formas de amar e amor incondicional, de nutrição-farmácia verde e flores em saladas,sempre entremeando poemas, física quântica, id, ego, super-ego,além das palestras, faço brincadeiras e sorteio livros, doando impressos...No intervalo, há um lanche , onde confraternizamos.

Lembrei à Jornalista Glaucia Albernaz ,os cartões de folhas e pétalas desidratadas,que ali recebia de sua mãe, D.América, também sempre a brindar os palestristas com poemas declamados, a memória retrógrada impecável, conforme costuma ser .

Disse-lhe que concederei um certificado especial a D.Ivanir, pelos 20 (vinte) anos de curso.E escrevi, minimizadamente, sobre essa mulher , de quem beijo as mãos.Mas não pude resistir a escrever um poema, que lerei na ocasiçao.Ela merece.

A festa será dia 25.Um amigo está fazendo um DVD e o filho de D.Ivanir compôs música para a genitora.Penso que será inesquecível.

Cópia do meu depoimento para o vídeo, que contará, entre outros, com o depoimento de Frei Claudio :o curso acontece na rua Grão Mongol, na parte social da Igreja do Carmo e o próprio frei já fez ali várias palestras, uma vez viajou e eu o substituí, a pedido de Ivanir.

Em março de 2005, na Semana da Mulher, Allez Pessoa produziu uma festa chamada Mulheres de Minas, encomendada pela vereadora Elaine Matozinhos.

À época, indiquei alguns nomes e um deles foi o De D.Ivanir.
Lembro que a poeta e artista plástica Neuza Ladeira, homenageada, homenageou às mulheres com uma exposição de suas aquarelas e aguadas, a partir de 13/03/05, que permaneceu semanas no Matriz Bar, encantando a todos.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora regional do inBrasCi e

Embaixadora Universal da Paz (Cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La paix de Genebra, Suiça)

Para relembrar, eis o release da bela festa:

I MULHERES DE MINAS


"HOMENAGEM ÀS MULHERES MINEIRAS DE DESTAQUE
13 DE MARÇO DE 2005 - 20:00H
MATRIZ BAR -- > Rua Guajajaras - 1353 – Centro


Acontecerá no dia 13 de março de 2005 às 20:00h, no Matriz Bar (Rua Guajajaras, 1353 –Centro) no último dia semana comemorativa posterior ao dia oficial 8 de março, mundialmente conhecido como O Dia Internacional da Mulher com o propósito de enfatizar a Semana Internacional da Mulher o I Mulheres de Minas- Homenagens Às Mulheres Mineiras De Destaque. Será uma festa fechada apenas para convidados.
Além de uma programação artística variada e eclética, uma placa de honra ao mérito será entregue a onze mulheres notáveis que estarão representando os mais variados segmentos de nossa sociedade.
Essa é uma ação social sem vínculos partidários. Uma iniciativa da Drª Elaine Matozinhos, Vereadora, 2ª Secretária da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Pioneira nas Delegacias Especiais de Crimes contra a Mulher, das quais é reconhecidamente defensora.
Com isso, pretendemos chamar a atenção para os papéis de gênero, a dignidade, levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, contestar e rever preconceitos,limitações que vêm sendo impostas, lembrar as conquistas e principalmente, demonstrar o grande empoderamento feminino na sociedade brasileira e aqui, em especial, no âmbito de Minas Gerais.
Serão homenageadas:
01-Fernanda Takai – Musicista - Pela reconhecida projeção nacional e internacional da música mineira, como cantora do grupo Pato Fu.

02-Lílian Portugal – Off Roader – Pelo pioneirismo em um esporte antes dominado apenas por homens. Premiada pela garra e pela determinação, destaca-se em várias competições. Além de seus méritos como empresária e leiloeira.

03-Ana Carolina Mota Magalhães – Bailarina, aluna de Vanda Bambirra, um exemplo da alegria de viver somada à superação de dificuldades pelo talento e apoio familiar. Aqui, homenageamos, por extensão, in memoriam, sua mãe, Dona Lucila.

04-Ieda Prates Bernes – Escritora, belorizontina, diplomada em Letras neo-latinas e com formação em Canto e Piano,pelo Conservatório Mineiro de Música. Muitos de seus poemas foram musicados por Camargo Guarnieri e traduzidos para várias Línguas. Possui muitos prêmios na área de Cultura, uns nesta capital, como o “Prêmio Cidade de” Belo Horizonte”e até o Prêmio Olavo Bilac,da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS” .Foi também condecorada com a Ordem do Cedro, pelo Governo do Líbano, pelas suas poesias sobre o País, sobejamente divulgados no mundo árabe.

05-Maria Ribeiro dos Reis (Dona Mariquinha) – Pela trajetória de vida, tendo chegado à capital,com seis filhos para criar, sem recursos financeiros suficientes,mas sem desanimar jamais. Fez uma bela trajetória de luta hoje culminada por seu trabalho ímpar na Rádio Favela, onde possui, em seu programa, um número enorme de ouvintes.


06- Ivanir Carvalho – Pelo notável trabalho em função de mulheres na melhor Idade, no Curso Mulher de Hoje, que desenvolve nos amplos salões das Obras Sociais da Igreja do Carmo, disseminando cultura, arte e literatura. Esposa e mãe dedicada, ao ficar viúva, desenvolveu, nesse trabalho, a canalização da perda de seu companheiro, para alegrar tantas pessoas. Sempre sorridente e delicada, é um exemplo de superação da dor.


07-Eleonora Santa Rosa – Jornalista, formada em Comunicação Social pela UFMG, especialista em sua área, já coordenou muitos projetos, bem foi diretora do Centro de Estudos Históricos e Culturais da Fundação João Pinheiro, integrou a direção da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes, consultora da FIEMG, responsável pelo acervo da Música Brasileira no Museu da Música de Mariana, produtora cultural sempre respeitada por artistas e empresários, acaba de ser empossada no cargo de Secretária Estadual de Cultura. Autora de mais de cinqüenta livros em várias áreas,

08-Angela Fürst – Pediatra: Formada em 1982 pela UFMG; já mãe de 2 filhos,se dedicou à Pediatria fazendo Residência na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Trabalhou por quatro anos em Hospital no Norte de Minas, quando voltou para se especializar em Cardiologia Pediátrica, sempre atuando em creches com trabalho voluntário. Professora da Faculdade de Ciências Médicas, também por 4 anos. Divorciada há 11 anos, criou seus filhos praticamente sozinha, os quais são hoje um reflexo de seu exemplo, a veterinária Daniele e o músico Rafael ambos ótimos profissionais. No momento se dedica em horário integral ao consultório, procurando sempre um bom e humanizado atendimento, integrando o SAS, onde os serviços de saúde têm atendimento a baixo custo, sendo altamente simplificados, com a maior qualidade possível.

09-Virgilene Araújo: Atriz, nascida em Januária e radicada em Minas, professora de teatro, faz parte do NEPPCOM (Núcleo de Estudos e Pesquisa do Pensamento Complexo) da FAE-UFMG, pesquisadora e escritora, faz parte do grupo AMICULT (Associação dos Amigos do Centro de Cultura Belo Horizonte), sem nenhum apoio financeiro, a ÁPODE, cujos melhores objetivos são aumentar a auto-estima e descobrir talentos de pessoas com deficiências e necessidades especiais, para quem ministra sua arte cênica. Com o marido, o poeta Rogério Salgado, forma um exemplo de dignidade. O último livro do casal, escrito em parceria, foi lançado recentemente e chama-se “Tipo Exportação”.


10-Neuza Ladeira: Pintora sensível e marcante, tem estilo bastante reconhecido. Mesclando a palavra poética ao conteúdo das formas e das cores. Ilustra vários livros, principalmente para a ANOMELIVROS do poeta Wilmar Silva. Quando jovem militante, foi torturada na Ditadura militar e transcende, para a delicadeza de suas telas, as questões de gênero feminino e os horrores sofridos. Um belo exemplo de vida.


11-Lucinha Bessa: Assessora de Januário Carneiro até seu falecimento e depois de seu irmão Emanuel,trabalha na presidência da Rádio Itatiaia há mais de trinta anos. Os trâmites com o Ministério das Comunicações são de sua responsabilidade,entre várias outras importantes, mas a tarefa da qual a dinâmica assessora não abre mão,é a de coordenar o projeto da Copa Itatiaia,o maior torneio de futebol amador do Brasil.
PROGRAMAÇÃO CULTURAL
A festa contará ainda com as apresentações dos grupos musicais Anjo Negro (reaggae), NaMoral (pop rock), a irreverência do Trio Los Flatos com seu Brega bem Humorado. Intervenções do poeta Gonzaga Medeiros autor do poema “Mulheres de Minas”. A artista plástica Neuza Ladeira fará uma mostra de suas telas na galeria de arte do MATRIZ BAR. A discotecagem ficará por conta do DJ Binho (Enjoy). "

Maiores informações:
alessandro pessoa 34711646/ 88491817

>>**<<

Saúde, vida londa e muita alegria a D.Ivanir.
Que seu curso Mulher de Hoje, tenha sempre muito sucesso.
Parabéns pela data.


>>**<<

Colocada a par da acontecência, a Gocernadora do inBRasCi em MG, Andréia Donadon, outorgará uma Medalha á difusora da Cultura, pelos vinte anos de existir desse curso aberto e múltiplo.

Clevane Pessoa de a.Lopes
Dirt.Reg.do InBRasCi, Belo Horioznte, MG.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Memento Mori e o evento I NOITE DE POESIA_GOIANIA-GO







Foto:

Banner do memento Mori e duas convidadas.

De blusa verde, Vânia Diniz .Não havia legenda, então, não saiu com quem está na foto.Quando descobrir, postarei.Vânia foi recentemente homenageada, em Brasília, durante a Bienal do livro, por Gustavo Dourado, também do InBRasCI.



Visitei o site http://www.noitedepoesia.com.br/blog/index.php?p=45&nggpage=3
para ver as fotos da homenagem que o Memento Mori, deslocando-se de Brasília, fez em Goiânia e que anuncei aqui (homenagem a Cora Coralina).

Posto a foto de minha cara e talentosa Vânia Diniz, autora, humanista.


Amigos do Memento Mori:

Divulguei o evento, com fotos de Cora Coralina, antes da ação, mencionando a ida de Vânia Diniz e o MM.
Meu blog, OCASO ESPETACULAR,um dos que divulgam cultura, é voltado para as gloriosas pessoas com mais de 50 anos, quando, ao entardecer da vida, fazem a arte maravilhosa do poente no céu.

E espero que em breve possam homenagear Yacinana Nara, outra jovem poeta idosa, e ainda VIVA, que reside em Goiânia e somente agora, foi descoberta , saiu em antologia e teve livro publicado.Ela é artesã 9casinhas de madeira) e escrevia seus livros em máquina de datilografia, encadernava para vender.Um exemplo.
Vejam fotografia dela em página anterior a esta.



Agora, divulgarei o que me enviam.

Parabéns por esse belo movimento em prol da Poesia.

Visitem:http://ocasoepetacular.blogspot.com

Clevane pessoa de Araújo lopes

Diretora regional do Inst.Brasileiro de Culturas Internacionais (inBrasCI).

Naveguem até http://ocasoespetacular.blogspot.com

sábado, 18 de outubro de 2008

Cora Coralina-Convite-18102008-homenagem de Poetas à Poetisa



Amigos:O convite para a homenagem hoje, em Goiânia.E leiam a página imediatamente anterior, neste blog.



Vejam o que escreve o grande mineiro Carlos Drummond de Andrade sobre a grande Poetisa goiana:

"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...)."


Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina (Outubro, 1981)




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O Cântico da Terra

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

Cora Coralina

Fonte:Vila Boa de Goiás

http://www.vilaboadegoias.com.br/cora_coralina/poemas/index.htm

Cora Coralina Homenageada em Goiânia, hoje 18-10-2008







Fotos:


Cora Coralina, com a face mais jovem , quase desconhecida, pois sua POESIA foi descoberta a públiuco,quando tinha quase oitenta anos(setenta e sete)...(fonte:www.jornallivre.com.br/images_enviadas/quem-f...)


Casa de Cora Coralina, que hoje é Museu efica às Margens do Rio Vermelho.Muito aprecio que a Memória do Escritor seja preservada...Ela escreveu sobre a ponte velha, um gato, o cotidiano, o amor.com leveza e filosofia, uma grande Poetisa, um OCASO ESPETACULAR perene, no coração de todos nós, o vermelho do poente fazendo arte nos céus... Clevane Pessoa


A jovem Yacinara Nara, em sua máquina de escrever, escreve seus poemas e contos.

Cora Coralina, com sua doce mas forte expressão, em preto & branco.


Vânia Diniz é uma das convidadas para a homenagem em Goiânia à Cora Coralina.

Avisei a Masé Soares, poetisa mineira radicada naquele Estado,que faz lindamente meus PPS e pedi-lhe que avisasse Yacinara Nara, presente nesse blog,que escreve prosa e poesia e de quem divulgamos poema no Paz e Poesia em Belo Horizonte(março 2008) e em vários outros locais para onde enviamos os poemas impressos dos 152 participantes.

Yacinara escrevi em sua velha máquina de escrever, encadernava para vender.No ano passado, o Govermnno Goiano a colocou em uma antologia e depoism, seu livro de causos, Aventuras de Juca matreiro, foi publicado e Masé mandou-me um exemplar.
A idosa jovem senhora, é alegre, talentosa e ainda faz um belo artesanato, com destaque para as casinhas de madeira.

Também avisei à Vânia Moreira Diniz, humanista e dedicada aos idosos, tanto quanto às crianças, aos especiais,e que há anos, mantém um intenso trabalho contra a fome , na esperança de que possam conhecer-se.Somente nesta manhã de sábado, 18 de outubro, vi seu comunicado.


Se eu tivesse sabido a tempo, penso que faria o possível para ir lá, homenagear a que está em outra dimensão e abraçar yacinara, pro quem tenho enorme admiração, alé, de , enfim , conhecer pessoalmente Masé, do blog "Meu jardim Secreto"(naveguem até lá):http://masesoares.blogspot.com/

Visitem em Clevane Pessoa e Outras Pessoa( ), a página que fiz para Yacinara nara e conheça suas fotos, sua vida...

Clevane Pessoa de araújo Lopes

Diretora regional do InBrascI em Belo Horizonte, MG

Embaixadora Universal da Paz CEUP).





"I Noite de Poesia Goiânia-Brasília


Texto Enviado pelo Poeta Roberley Antonio

Realização Portal Memento Mori e Noite de Poesia
www.mementomori.com.br - www.noitedepoesia.com.br

No próximo sábado, dia 18 de outubro, pontualmente às 19h, Goiânia terá uma noite de emoção e suspense, num encontro literário com a presença de grandes escritores e artistas, promovendo um intercâmbio cultural entre Goiânia e Brasília.

Este encontro será no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro.

Escritores que já confirmaram sua presença na I Noite de Poesia Goiânia-Brasília:

Escritores e Artistas de Goiânia/GO

Elizabeth Abreu

Maria Loussa

Fátima Paraguassú

Luiz de Aquino

Maria do Carmo

Leonardo Teixeira

Escritores e Artistas de Brasília/DF

Vânia Diniz

Anabe Lopes

Segue o convite para o evento. Venha e traga toda a família para prestigiar este encontro literário com a qualidade Memento Mori - A Literatura vista com outros olhos.

E além disso, a entrada é franca!!!

Informações e reservas através do E-Mail contato@mementomori.com.br

Acesse o portal Memento Mori www.mementomori.com.br e saiba como foram as outras Noites de Poesias, realizadas em Brasília"

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Hebe Voa Viagem , parteiras , minha mãe -e o blog novo, da escritora




Imagem:cartão antigo.

Hebe Boa Viagem é uma pesquisadora conscienciosa, uma contadora de histórias muito interessante.

Li dela "Elas, as Pioneiras",exemplar de livro enviado por ela pelo Correio, o que muito alegrou-me, onde apresenta o perfil de mulheres que abriram caminho às demais, em suas conquistas de gênero, mas também de espaço pessoal.

No momento, Hebe está com um novo espaço, o blog http://contosempilulas.blogspot.com/

Veja uma de suas pequenas histórias,onde o senso de humor da autora é notório:

"OSSOS DO OFÍCIO

Mesmo nas grandes instituições acontecem coisas inusitadas. Pouco antes das empresas se informatizarem a chegada de um chefe de seção provocou a maior confusão no setor de cadastramento.
Querendo mostrar serviço e inovar o recém-chegado, de plano, implicou com a irregularidade do tamanho das fichas do arquivo. Para deixar tudo com bom aspecto determinou que todas as fichas, dai por diante, deveriam ter o mesmo tamanho. Quanto as antigas, não teve dúvidas, mandou que o contínuo cortasse as partes que excedessem ao modelo padrão.
A ordem foi executada cabalmente, sem nenhum critério.
Nasceu assim o arquivo intitulado “MULA SEM CABEÇA”. As fichas tinham todos os dados, menos o nome do cliente. "

A série "Memórias de Uma parteira" é deliciosa.Eu, filha de parteira, adorei, reevivi as que minha mãe contava, muito semelhantes-o que prova porque todas as parteiras são especialíssimas.

Quando eu ia nascer, meu pai levara a esposinha menina de dezeseis anos, para dar á luz perto dos pais, Luiz Máximo de Araújo e Trófila Theonila Câmara de Araújo,que, à época,moravam em São José de Mipibu, no Rio Grande de Norte.

A parteira , contratada em Natal, D.Donzinha, estava em um cinema.Foi chamada por microfone.Meu tio, Jandy Solimões de Araújo, estava no mesmo local e saíram os dois correndo,para viajar.

Ao chegar e ver a irmã caçula com as dores do parto, meu tio ajudou-me a nascer, ao lado da parteira.

Mamãe ,que cobrira o rosto com um lençol, pensava ser um médico.Conta que ficou muito acanhada quando descobriu que o mano a vira naquela situação delicada.
Dizem que sofreu muito, que as beatas foram rezar na igreja, então se dizia que nasci entre luzes e orações.

E adoro cinema...

Na gravidez de minha mana Cleone, já em Natal, mamãe resolveu entender o processo do parto, pois do meu, nada haviam lhe contado(era a caçula de dezenove filhos, tratada qual uma criancinha-tanto que adorou eu ser uma garota e poder então, brincar comigo de bonecas e casinha)...

Procurou então seu padrinho de batismo, um médico e praticou com ele a enfermagem/obstetrícia necessária.Achou aquilo tudo maravilhosi.Minha mana então, nasceu em clima bem mais calmo.
Mamãe fazia muitos partos e ajudou muitos médicos.No Sul de minas, por exemplo, quando mora´vamos em Bicas do meio-atual wencslau Brás-chegou o médico do exército, na verdade um cardiologista, Dr.Uchoa.Mas ali, tinha de fazer de tudo.Então,mamãe foi sua assitente e uma vez , atendi um dos telefinemas dele:"Diga à sua mãe, para correr, porque omninê está dando "tchau" para mim:a criança apresentara-se de face, com um bracinho já à frente do corpo.Ela ia lá e com as mãos pequeninas e massagens, acomodava os bebês em manobras cuidadosas, nascessem de bumbum ou normalmente, em apresentação cefálica.

Quando eu já era mãe de Alessandro, meu pimogênito, mora em Minas Gerais 9desde a infância), e fui a Natal com ele, que completara tr~es aninhos.

Mamãe levou-me para conhecer a casa onde fui concebida (Rua cabugi, 63) e depois, paraconhecer D.Donzinha, a parteira, ,agora dona de uma loja, forte e simpática macróbia.Logo contou-me , sorridente, a história de meu nascimento, disse que papai jurava que mamãe não teria mais filhos-teve seis, cinco mais- e encantou-se com meu filho, de grandes olhos e cachinhos de S.Jpão batista.Deu-lhe de presente uma chupeta de prata.Foi ela quem disse eu ter nascido "Entre luzes e rações, coim a idade tida acesa e muita gente rezando para eu conseguir vir a mundo-penso que os gritos de mamãe acordaram todo mundo....

Ler o blog de Hebe Boa Viagem pessoa de um incrível dinamismo e força criativa, foi rememorar minha doce e alegre mãe.

Voltarei mais vezes.

A autora escreve bem , de forma clara e concisa.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Visitem, para conhecer outras histórias e assuntos:

http://contosempilulas.blogspot.com/

"A biografia dela:
Hebe Boa-Viagem A. Costa
São Paulo, SP, Brazil

Paulista de Macatuba, graduada em Biblioteconomia (PUC de Campinas), Pedagogia e Ciências Sociais (USP), Direito (Faculdade de Direito de Guarulhos), Advogada e Professora de educação aposentada. Pintora premiada, participou de diversas exposições de pintura com premiações nacionais e internacionais. Suas primeiras experiências como escritora aconteceram em Botucatu quando passou a escrever biografias de mulheres célebres para um jornal da cidade. Participou de 16 Antologias e colaborou na Revista Jurídica “Coisas e Causas”, na Associação dos Funcionários Públicos do Estado de S. Paulo e em Boletins da Academia Paulista de Psicologia. Escreveu e publicou os livros “Pois é ... Cada um na sua!!!”- Editora Ridell ( livro infantil); “Elas, as pioneiras do Brasil”- Editora Scortecci e “Enfermeiras do Brasil – Historia das pioneiras”, em parceria com Victoria Secaf, Editora Martinari."


Fonte:seu blog http://contosempilulas.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Votemos em Stella Rodopoulos para patronesse da 27ª Feira do Livro de Brasília.




Imagens:a espetacular Stella Rodopoulos e ela com o Poeta Gustavo Dourado e a jornalista Maria Félix.Neste blog, o cordel que o cordlita renomado fez para homenagear Stella.

Acago de receber o pedido da govrnadora em MG do inBrasCo, em Mariana, Andréia Donadon-e apresso-me a atender a seu pedido e ao do amigo Gustavo Dourado:


"InBrasCI - Minas Gerais

Prezados amigos,
O Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais em Minas Gerais reenvia mensagem do poeta e Membro Correspondente em Brasília do InBrasCI-MG, Gustavo Dourado. Solicito, por obséquio, especial atenção a mensagem e agradecemos o seu voto e sua divulgação.

Att.

Andreia Donadon Leal - Déia Leal
Governadora do InBrasCI-MG
Diretora do Jornal Aldrava Cultural
Membro da Academia de Letras Rio -CM
Membro da AVSPE


www.jornalaldrava.com.br



--- Em seg, 21/7/08, Gustavo Dourado escreveu:

De: Gustavo Dourado
Assunto: Stella Rodopoulos para patronesse da 27ª Feira do Livro de Brasília
Para: "Gustavo Dourado"
Data: Segunda-feira, 21 de Julho de 2008, 19:39




Vamos votar em Stella Rodopoulos para patronesse da 27ª Feira do Livro de Brasília.

A escritora Stella Rodopoulos, pioneira de Brasília, autora de dez livros (oito de literatura infanto-juvenil e dois de poemas) concorre, este ano, ao cargo de patronesse da 27ª Feira do Livro de Brasília. Vamos prestigiar nossa amiga e amada escritora votando em seu nome, no site da Câmara do Livro do Distrito Federal, no seguinte link:
http://www.camaradolivrodf.com.br/camara/feiralivro2008/index.php
Caso tenha dificuldade para acessar o link, entre no site da Câmara do Livro do DF:
http://www.camaradolivrodf.com.br/camara/index.htm e clique em Feira do Livro.
À esquerda, estão os nomes dos concorrentes.
O nome da Stella Rodopoulos é o último da lista.

Agradecemos o seu voto e a sua divulgação.
Muito obrigado
Gustavo Dourado - 92978742
www.gustavodourado.com.br
Maria Félix Fontele
www.stellarodopoulos.com.br
92978742

Curriculum

Stella Alexandra Rodopoulos é filha de Itacuruçá, município de Mangaratiba (Rio de Janeiro). Nasceu em 5 de outubro de 1930. Seus pais, naturais da Grécia, vieram para o Brasil em 1928. Stella residiu algum tempo em São Paulo, onde se casou em janeiro de 1960 e, logo em seguida, veio para Brasília, onde criou os quatro filhos. Hoje, tem oito netos.
Ela escrevia poemas de amor e os mantinha guardados, enquanto criava seus filhos e assessorava o marido, um empresário grego, pioneiro em Brasília na área da construção civil. Com o casamento dos filhos e, em seguida, a viuvez, sentiu-se sozinha. Para ocupar o tempo vazio, decidiu publicar seus poemas e livros infantis. De 1995 para cá foram publicados dois livros de poemas, oito infantis, um CD com poemas de amor e um CD musical.

Os livros infanto-juvenis são:
O Boneco das Águas Azuis
Cobra versus Lagarto
A boa ação do velho Gui
O cavalinho sonhador
No reino encantado das minhocas
Mariela
Tudo certinho
Chuvinha de amor

Os livros de poemas são:
Petálas de amor
O sentido do amor

Stella é hoje membro da Casa do Poeta, da Academia de Letras de Brasília, da Academia de Letras e Música do Brasil, da Casa do Poeta e do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Foi por duas vezes premiada pelo conjunto de sua obra literária infantil. Em 1998, pela Academia Internacional de Lutèce, em Paris; e em junho de 2000, quando recebeu a Comenda Carlos Gomes.
A convite, a escritora tem visitado diversas escolas no Distrito Federal. Em 2005, doou quase 2 mil livros para as bibliotecas públicas do Distrito Federal. No mesmo ano, doou 300 livros à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (APAE/DF). Doou, ainda, livros para o Ministério Público do Distrito Federal, durante campanha realizada pelo órgão em comemoração ao Dia Mundial do Livro, festejado em 23 de abril. Os livros recebidos pelo Ministério Público foram doados a instituições de ensino carentes. No ano passado, visitou mais de dez escolas públicas e particulares onde doou e autografou livros. Parte da renda da venda de suas obras literárias é doada para o Instituto de Apoio ao Portador de Câncer de Brasília.
Stella tem participado do projeto Vitrine de Escritores de Brasília, organizado pela LGE Editora e pela Distribuidora Arco Íris, quando mantém um estreito contato com professores da cidade que, a cada dia, a admiram mais como escritora e como a mulher. A escritora participou, também, da Bienal Internacional do Livro, edições do Rio de Janeiro e São Paulo.
Ao ser perguntada sobre esse seu trabalho, Stella costuma responder: "Todos nós temos que dar a nossa parcela de contribuição para a cidade". Ao falar de Brasília, ela se emociona ao relembrar dos primeiros dias vividos na cidade no início dos anos 60.
Dinâmica, Stella não pára. Está escrevendo novos livros e, recentemente, inaugurou seu site: www.stellarodopoulos.com.br, onde podemos navegar por páginas coloridas e conhecer mais um pouco o universo literário dessa escritora que merece toda a nossa homenagem e aplausos pelo seu trabalho, pela sua vida, grande exemplo para todos nós."


Leia o Cordel para Stella Rodopoulos de autoria do poeta Gustavo Dourado:
www.gustavodourado.com.br/cordel/Cordel%20para%20Stella%20Rodopoulos.htm
Vote em Stella Rodopoulos:
http://www.camaradolivrodf.com.br/camara/feiralivro2008/index.php

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Carmen Silva ,atriz e escritora, nos deixa




Fotos:Carmen, já idosa,com toda a sua alegria de viver; Carmen, ao telefone,cena de "Amor de Perversão" (1982)de Alfredo Sterheim;e , no grupo, na forte peça de Garcia Lorca, YERMA.


Passa para outra dimensão a atriz Carmen Silva, que na novela Mulheres Apaixonadas, contracenou com oswaldo louzada (falecido em fevereiro do ano em curso),protagonizou a Flora.
Manoel carlos, o autor, enfocou o drama do casal idoso que acaba sem lugar em casa dos fiulhos-e , no caso, a neta, Dòris, vivida por Regiane Alves, não suportava a idéia de repartir,ceder espaço aos avós, no apartamento de tamanho pequeno.No lugar de escolher artistas que interpretassem pessoas mais idosas,foram escolhidos Louzada e Carmen , extremamente convincentes, já de avançada idade.

Na novela, a trama, do núcleo de Ricardo Waddington, foi dirigida porde Ary Coslov e Marcelo Travesso, mas a direção geral foi do próprio Waddington - com Rogério Gomes e José Luiz Villamarim.

Muitos anos antes, com o ator Paulo Gracindo, protagonizara outro casal, em Os ossos do Barão(1974).Em 1975.mereceu o prêmio Moliére, um dos muitos de sua longa e bela carreira.

Carmen Silva adorava seu trabalho, tendo uma vez, confessado que "gosto de trabalhar, de estar em contato com os jovens, trocando idéias e experiências"

Seu nome verdadeiro era Maria Amália Feijó, mas porcausa dos preconceitos de sua época, para não envergonhar a mãe, escolheu o nome de atriz com o qual ficou conhecida.

O início de sua carreira foi em Rádio, já que lia muito bem .Em Pelotas, trabalhava na Rádio Cultura, onde contracenou com Barbosa Lessa.

Mais tarde, foi morar em porto Alegre.Em novelas,foi atriz em mais de 15 produções de televisão .A novela Locomotivas (1977),foi um sucesso, chegou a mais de 90% de audiência.

Foi redatora de programas românticos, cômicos e infantis.E tanto que, algumas vezes, chegava a sessenta programas em um único mês.
Num de seus livros - intitulado bem Lembrado -registrou:"Artista era muito desmoralizado na época".

Em 2007,publicou Comédias do Coração e outras peças para rádio e TV (pela AGE Editora), onde relembra sua carreira de radioatriz.

Trabalhos:


Carmen Silva ,dos anos 1930 em diante,passa a trabalhar em teatro e rádio radio-atriz, apresentadora e redatora - rádios Cultura, Record e Tupi.

Em palco, várias e diversioficadas peças: por exemplo,“Mais Quero Asno que me Carregue do que Cavalo que me Derrube”, adaptada por Carlos Alberto Soffredini para a "Farsa de Inês Pereira"(Gil Vicente )– e recebeu , por sua atuação,o prêmio Moliére.
Sua estréia em televisão, foi no final dos anos 50 .
Um dos marcantes papéis foi Melica -de “Os Ossos do Barão” (1973), de Jorge Andrade;
Outras:a Pauline de Clermon em “Ídolo de Pano” (1974), de Teixeira Filho; a dona Isaura em “A Viagem” (1975), de Ivani Ribeiro; e a Flora em “Mulheres Apaixonadas” (2003), de Manoel Carlos. No cinema, tem participações no final dos anos 1940, em filmes de Wallace Downey, Carlos Hugo Christensen e Oduvaldo Viana Filho. Nos anos 1950, participa de “Carnaval em Lá Menor”, de Adhemar Gonzaga; “Rebelião em Vila Rica”, dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira; e no clássico “O Grande Momento”, de Roberto Santos.

Na década de 1970 que Carmen Silva arrebanha momentos pungentes e reconhecidos no papel de Amália, a esposa de Joãozinho (Jofre Soares), que a maltrata muito,no filme “Guerra Conjugal” (1975), de Joaquim Pedro de Andrade.

Também foi premiada pelo desempenho no episódio "As Três Virgens", de Roberto Palmari -no filme "Contos Eróticos" (1977).Essa atuação a fez receber o prêmio de Atriz no Festival de Brasília.

Na década de 1980, foi destaque em “Idolatrada” (1983), de Paulo Augusto Gomes.

mais:

- “Estudantes” (1935), de Wallace Downey;
- “Angel Desnudo” (1946), produção argentina dirigida por Carlos Hugo Christensen;
- “Quase no Céu” (1949), de Oduvaldo Vianna;
- “Carnaval em Lá Maior” (1955), de Adhemar Gonzaga;
- “Rebelião em Vila Rica” (1957), de Geraldo e Renato Santos Pereira;
- “O Grande Momento” (1958), de Roberto Santos;
- “Elas” (1970), no episódio “O Artesanato de Ser Mulher”, de José Roberto Noronha;
- “Guerra Conjugal” (1975), de Joaquim Pedro de Andrade;
- “Contos Eróticos” (1977), episódio “As Três Virgens”, de Roberto Palmari;
- “Amor de Perversão” (1982), de Alfredo Sterheim;
- “Idolatrada” (1983), de Paulo Augusto Gomes;
- “O Gato de Botas Extraterrestre” (1990), de Wilson Rodrigues;
- “Até Logo Mamãe” (1997), curta de Luís Carlos Soares;
- “Lembra, Meu Velho?” (2002), curta de Giselle Jacques;
- “A Festa de Margarette” (2003), de Renato Falcão;
- “Valsa para Bruno Stein” (2007), de Paulo Nascimento.

Um ocaso com soi ser:espetacular.Ela própria , sinalizava:"As pessoas não podem perder o gosto pela vida porque chegaram a uma certa idade. Devem encontrar alguma maneira de se sentirem úteis. Manter a alegria de viver, sempre, e isso independe da idade que se tem"

terça-feira, 15 de abril de 2008

Meu encontro com Eduardo Escorel-ontem, hoje.





Imagens jovem Eduardo Escorel
-o kit Vida ,Saúde alegria, que contém manuaiis, as gravações de teatralização dos assuntos, flashs das oficinas, cartelas para adolescentes, etc.Tudo com os desenhos interessantíssimos e divertidos do cartunista Claudius.


Quando nos encontramos, para falar de adolescência, em 1990, no Congresso de Pediatria da SOMAPE(em Cuibá, MS) , Evelyn Eisestein, uma das pioneiras hebiatras brasileiras, conduzi alguns manejos com adolescentes e ela resolveu convidar-me para o projeto Vida, Saúde,Alegria .O projeto , seria realizado no Rio, sob a experiência do desenhista Claudius Ceccon,que ilustrou, inclusive, todos os manuais e alguém cujo trabalho, muito admiro -e toda a infra-estrutura do CECIP(Centro de Criação de Imagem Popular).

Aceitei, mesmo morando em Belo Horizonte e tendo que viajar todos os fins de semana de semana para o Rio de Janeiro, retornando no domingo, tendo de sentar para escrever E relatório-que levava pela manhã ao Francesco, uma dolescente que digitava tudo para mim e depois colocava no Correio para Evelyn, mesmo sem minha revisão, pois eu trabalhava longe, no Hospital júlia Kubtscheck.

Primeiro, ministrei uma aula sobre Metodologia Participativa, no Clube Paissandu, para Educadores.Viajara com a "Família Colchete", usada para educação sexual,bonecos com ógãos sexuais, bebês nos úteros, cabelos brancos e mamas caídas, conforme a idade ou brotos mamários e pênis que podiam ficar eretos, usados não apenas em educação sexual , mas também em ludoterapia, indicativos de relações indevidas em casos , por exemplo, de abuso sexual-quendo a vítima, ou é muito criança para falar, ou está bloqueada, mormente quando os agressores pertencem á família ou são conhecidos.O medo gera bloqueios .Essa "Família Colchete, vai desde os filhos in útero-o que pode levar a trabalahr ciúmes fraternos, por exemplo, até avós .A autora , Vânia, da cidade de Contagem, criou uma comunidade de mulheres para executar esses bonecos artesanalmente.Lembro-me do quanto a idéia agradou, até mesmo porque podiam ser ligados por colchetes, reforçando assim , também as ligações afetivas.

Depois Evelyn mandou-me o extenso projeto.Li ávida e vi que seria fantástico.Meu papel seria conduzir as oficinas com adolescentes de várias classes sociais e espaços diversos de habitat:desde uma garota da favela Rocinha até menino trabalhador em feira, a adolescentes institucionalizadas no João Martinho,a filhos dos cinegrafistas, funcionários do CECIP, da médica em questão, estagiária de Medicina e ainda mães adolescentes, que iam com seus bebês de colo às filamagens -havia um rapaz simpático,de Belfort Roxo, entre outros...

Tudo seria filmado.
Eu não tinha ideia do processo todo, porque não participava das reuniões prévias, era eu e meu imaginário, aqui em Belo Horizonte e, lá no Rio, uma senhora equipe para fazer render determinado assunto...

Acostumada a ministrar sozinha todos os temas da adolescência em oficinas,pelas secretarias de estado cedida pelo Depto de Adolescência do MS,surpreendi-me com a quantidade de profissionais contratados, desde a Dra.Dirce Drach,advogada que fora secretária de Darcy Ribeiro em Brasília, até a Dra Tereza Aquino, psiquiatra em clínica especializada em drogadicção.

O estúdio era depois da linha vermelha.Tomava ônibus, metrô e táxi, meio cabrera com a distância - claro, acostumei-me após três meses de trabalho.

Eu não sabia que as oficinas seriam apenas para captação da fala autêntica dos adolescentes.Estes, aparecem depois em laivos de imagens, pois adolescentes de Teatro, depois seriam filmados em um interessante cenário:seus camarins onde, enquanto se preparavam para atuar, conversavem sobre os temas abordados:sexualidade, gravidez precoce, violência, drogadição,saúde bucal entre muitos mais.

Fui apresentada ao Dal, segundo me disseram,escritor fantasma de Segredos de Adolescente,de Marina Mariana (livro depois transformado em peça que fez muito sucesso),mas depois não continuou e outro o substituiu.

Os roteiristas anotavam os diálogos , minhas perguntas, as respostas.
Eu criei as dinâmicas para os manejos de grupo e foi um dos trabalhos mais gostosos que fiz.Com elas, escrevi o "Pequeno Manual Para Atender em Grupo", ainda inédito, mas cujas técnicas são descritas num dos manuais do kit(imagem acima).

De repente, Evelyn apresentou-me ao Eduardo Escorel.Fiquei quase muda.Eduardo Escorel!O do Cinema novo! Montador de Terra em Transe, do Glauber Rocha.Louca por cinema, em Juiz de Fora, quando repórter da gazetra comercial,fiz uma breve curso na Pró-Reitoria, de Cinema Brasileiro.Meus pais, cinéfilos.Eu apreciava muito o que ele fazia e ali estava, à minha frente, num trabalho em comum...Eduardo Escorel!

E mais:em duas situações ,principalmente,Escorel manifestou-se bem impressionado com o resultado de meu trabalho.Numa, expliquei aos adolescentes, rapidamente, que deveriam simular um atendimento clínico em posto de saúde público.Um doente, que deveria falecer, os parentes,com toda aquelas queixas pertinentes ao atendimento, o médico, sem culpa, mas envolvido no atendimento precário.Uma espécie de psicodrama social.Os garotos saíram-se tão bem, que depois Escorel me perguntou se houvera um ensaio prévio.Não, expliquei-lhe:eu vinha de avião e direto para o estúdio de gravação.Noutro lance, criei uma discussão entre irmãos verdadeiros, participantes, por causa de um boné.Os pequenos representaram muito bem a situação-e eram os caçulas do grupo- os demais ficaram assustados.então, trabalhei com eles os sintomas do medo, o pãnico, a evitação da violência desnecessária, em favor da paz interior, da família, da comunidade, do mundo.

Meu vínculo com os adolescentes, foi forte.Parecia uma terapia de grupo e por certo, este teve um efeito terapêutico.Fortaleceu personalidade e minimizou os aspectos conflitivos dessa fase de vida tão especial, ponte para a vida adulta.

E eu, de vez em quando olhava aquele homem, de pé,ao lado das Cãmaras e dos cinegrafistas, observando tudo e que quando se dirigia a mim, sorría um sorriso encantador.E pensava:Eduardo Escorel!Eduardo Escorel!

Hoje, liguei a TV,no Canal Brasil, quando a Academia Brasileira de Cinema entregaria o Troféu Grande Otelo.

De repente, ele é premiado:

Melhor Montagem de Documentário,pelo filme Santiago .Vejo-o levantar-se, elegante como sempre, espera perto dos degraus, por Livia Serpa, jovem parceira do trabalho e , galantemente, subir com ela até ao palco.Vejo-lhe o rosto onde as belas feições ainda se mostram;ele nasceu em 1945.

E venceu entre grandes documentários:Pro Dia Nascer Feliz (João Jardim, Renata Baldi e Joana Ventura).Jogo de Cena (Jordana Berg),Person (Sérgio Mekler e Cristina Amaral),Estamira (Tuco).

Escorel foi um dos montadores mais apreciados do Cinema Novo.Além do cito Terra em Transe (1967),um cult e a marca de Glauber,"O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" (1969), "O Leão de Sete Cabeças" (1970) e "Cabeças Cortadas" (1970); para Joaquim Pedro de Andrade em "O Padre e a Moça" (1966), "Macunaíma" (1969) e "Os Inconfidentes" (1972); para Carlos Diegues em "Os Herdeiros" (1969) e "Joanna Francesa" (1973); para Leon Hirszman em "São Bernardo" (1972) e "Eles Não Usam Black-Tie" (1981); e para Gustavo Dahl em "O Bravo Guerreiro" (1968).
Diretor, produtor, roteirista, montador ,sim ,mas também ator, esse paulista de 63 anos, que mantém o charme intocado...

Em 1975,realizou o filme "Lição de Amor" ,que foi seu primeiro filme na qualidade de diretor de longa-metragem.

Fiquei muito feliz, ao ver que continua trabalhando e que recebe o "Oscar Brasileiro", com essa beleza de documentário.Bem, vi trechos, mas deu para sentir.Depois, buscarei vê-lo por completo.

E daqui, parabenizo-o.Que ocaso espetacular, desses que se expandem pela linha do horizonte e fazem com que voltemos todos os dias, em busca de mais beleza.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais em Belo horizonte, MG, Brasil.

domingo, 9 de março de 2008

Gustavo Dourado:Cordel para Stella Rodopoulos



FOTO:a jornalista maria Félix, Gustavo Dourado, Stella Rodopoulos e Antonio Miranda,(Diretor da biblioteca Nacional de Brasília)

Stela (Alexandra) Rodopoulos

Natural de Itacurussu RJ ,é radicada em Brasília e acaba de ser homenageda no Dia da Mulher.
O cordelista refinado Gustavo Dourado nos envia e-mail e postamos aqui o cordel escrito para ela e uma de seus poemas.

Slela,além de Poesia escreve literatura infantil.

Na Capital brasileira, é respeitada e querida
Em 1959,mereceu o primeiro lugar no Concurso Feminino de Poesia da Rádio e TV Record, de S.P.
"O Segredo do Amor",seu livro de poemas foi editrado em 1961.


Convite: Homenagem à escritora Stella Rodopoulos/Dia Internacional da Mulher na Biblioteca nacional de Brasília (infelizmente, o convite não chegou anexado o e-mail que apenas hoje entra em nossa caixa de e-mails.

Cordel para Stella Rodopoulos
Por Gustavo Dourado*

Stella: Estrela é...
De grandeza universal
Mãe, mulher e escritora
Vate do transcendental
Nossa Cora Coralina:
Do Distrito Federal...

Dia 5 de outubro,
1930, o ano...
Nasceu Stella Rodopoulos
Na brisa do oceano
Musa-princesa-fada:
Poesia em primeiro plano...

Stella no Reino Encantado
O Cavalinho Sonhador
Filha de Itacuruçá
Mangaratiba, um primor...
Do Rio de Janeiro para o Mundo:
Com suas Pétalas de Amor...

Os seus pais eram da Grécia,
Divina terra de Platão...
Tem a poesia no sangue:
A arte da transmutação...
Nossa Princesa do Cerrado:
É Rainha do Coração...

Em 1959:
Stella foi destacada
No Concurso Feminino:
Na Record foi premiada:
Conquista o 1° lugar:
Sentiu-se glorificada...

Uns tempos na Paulicéia
Nossa Sampa capital
Em janeiro de 1960
Em um ato ritual...
Mudou-se para Brasília:
Luz do Planalto Central...

Pioneira...Bandeirante
Na Capital Federal...
Stella pra lá de estrela
Telúrica-espiritual...
Escritora cristalina:
Criativa e fraternal...

Stella Alexandra Rodopoulos
Serena, da alma pura
Límpida, diamantina
Semeia amor e ternura
Mãe, mulher e pensadora:
Deusa da Literatura...

Diversas menções honrosas
Nossa Stella conquistou
Shogun Arte e ACLEB
À Stella premiou:
Os leitores de Brasília:
Seu nome celebrizou...

Em Paris, cidade-luz...
Stella recebe o louro
Da Academia de Lutèce
Ganha a Medalha de Ouro...
É consagrada na França:
Com um brilhante tesouro...

Um exemplo para todos
Do Distrito Federal
Poesia, amor e bondade
Na senda espiritual...
Uma estrela que brilha:
No cenário universal...
*Acesse o site do escritor Gustavo Dourado: www.gustavodourado.com.br



STELLA RODOPOULOS
Stella Rodopoulos - Uma autora versátil. Stella Rodopoulos é homenageada na Biblioteca Nacional de Brasília. Cordel para Stella Rodopoulos ...
www.stellarodopoulos.com.br/poetisa/default.html

http://www.gustavodourado.com.br/StellaCalliandradoPlanalto.htm

www.gustavodourado.com.br/cordel/Cordel%20para%20Stella%20Rodopoulos.htm



AMOR
Stela Rodopoulos.

Por onde andam
Quero a ajuda dos humanos
Os olhos que procuro
Que vasculhem os oceanos
Neste imenso céu azul?
E o que há sobre a terra.


Se existo e resisto
Que formem um círculo bem grande
E transmito aos quatro ventos
de rosas brancas e açucenas,
Que não posso te esquecer,
de flores grandes e pequenas
É porque te amo sem conflitos
com este amor tão delirante


Vivo sonhos tão bonitos,
Quero me afogar na poesia
Mesmo sem adormecer.
E em cada rima de um verso.
Para possuir-te mais um dia,
Quero os olhos que perdi
Ó doce Poema do Universo!
Quero os lábios que beijei
Quero as mãos que me aqueceram
E o puro amor que achei em ti.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Entrevista com o Poeta João Justiniano



joaojustiniano




CLEVANE ENTREVISTA



1)Nome completo e nome artístico:

a) João Justiniano da Fonseca;

b) João Justiniano



2) Profissão:

Servidor Público aposentado como Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios Bahia.

Naturalidade: Rodelas, Bahia.

Idade: 87 anos (30/06/1920)

Estado civil: divorciado



3) Mora onde? – Salvador, BA, à Rua Mato Grosso 478/602, CEP 41830-150, Ed. Mansão Real da Pituba – Bairro Pituba.



4) Site ou blog, se tiver: www.joaojustiniano.net



Entrevista:



a) Você se sente poeta desde que idade?A poesia é necessária?

Aos 14 anos escrevia o primeiro poeminha para a primeira namoradinha, uma menina de olhos verde-mar, cabelos de ouro. Ainda hoje admiro as louras. Saindo da namoradinha saí da poesia para reencontrá-la aos 19 anos com outra mulher. Ai fizemos votos de eternidade, a poesia e eu. A mulher... Passamos a outra logo. Logo. Ainda era a idade das crianças.

Se necessária a poesia? Como a água e o pão são necessários à vida material, a poesia é necessária à vida do espírito, à sensibilidade. De que forma seria composto o hino heróico, pátrio, eclesiástico e a cantiga de amar e amor? Não fosse o poeta, quem seria o seresteiro? A poesia é alma de um povo, e só por isso é absolutamente necessária à estabilidade emocional da pessoa humana.



b) O olhar da sociedade sobre os poetas mudou? Você sofreu algum preconceito, ou, pelo contrário, foi homenageado por ser um poeta?

Nunca sofri restrições, antes, antes sempre fui amado e louvado porque sou poeta. Poderia citar exemplos, se fosse o caso. Não sei se recebi homenagens, não sei bem o que é isso. Distinção muitas vezes. Tenho alguns títulos de sócio correspondente de academias, sem jamais solicitar. Isso é alta distinção, acredito. Sou corresponde da Academia Goianiense de Letras, da Academia Anapolina de Letras, da

Academia Petropolitana de Letras, da Academia de Letras Raul de Leone, de Petrópolis. Sou acadêmico correspondente na Bahia da Academia Rio-grandense de Letras e acadêmico titular da Academia de Artes Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre, sem que o pleiteasse. É distinção maior, suponho, homenagem não sei, acho que não mereço.



c) Quando publicou o primeiro poema? Gosta de dizer seus poemas, declamá-los ou lê-los?

Em 1960, em Belém do Pará, publiquei meu primeiro livro - SAFIRAS E OUTROS POEMAS.

Dizer que não gosto seria uma deslavada mentira. Quem escreve gosta de ser lido, no caso do poeta, creio que todos gostamos de declamar nossos poemas. Pessoalmente, na hora de declamar sou quase impedido pela timidez, que chega a embotar a memória e engasgar o poema. Só em em momento de absoluta descontração, o que quase nunca acontece em momentos solenes de declamação, consigo dar o recado sem dificuldade. Não gosto de ler. Gaguejo.



d) Qual seu gênero poético predileto?

Hoje o soneto, do qual muitos não gostam e alguns amaldiçoam. Fui muito de longos poemas. Quem ler SONHOS DE JOÃO e BRADOS DO SERTÃO, vai encontrá-los. Senti a conveniência de resumir o escrito e entrei pelo soneto e pelo sonetilho. Hoje, praticamente só faço bem em poesia, isto. Fui por algum tempo da trova. Deixei porque considero que a trova é muito boa ou não agrada, quero dizer, não presta. A grande maioria que tento ler, não me atrai. O haicai. Eventualmente escrevo algum, dispensando-me da rima. Prefiro, na trova e no haicai apresentar um pensamento, deixar uma lição. Mas a trova não dispensa a rima, nunca. Aí eu escapulo, porque não a encontro bem.

e) Já recebeu algum reconhecimento, prêmio ou classificação em certames literários?

Não. Em moço concorria a concursos de trovas e poemas. Recebi alguns troféus que não guardei.



f) O que mais gosta de fazer?

Houve um tempo que lia muito. Hoje já leio com dificuldade. A vista. A lente já não alcança a letra pequena, foge muito. Tenho uma deficiência auditiva que me desestimula da música, não vou ao teatro, porque praticamente não aproveito. Aqui, dia noite no computador. Uso um aparelho que ajuda, mas não resolve.



g) Onde escreve? Precisa de um espaço, um clima especial ou faz versos em qualquer lugar?

Não em qualquer lugar, no sentido de improviso. Em qualquer lugar, isoladamente, à frente da máquina. Pode até haver gente nas proximidades desde que não me interrompam. Não escrevo à mão. A bem dizer não sei pensar fora da maquina. Antes era a Olivet, hoje o computador. A mão jamais. Fiz isso na mocidade, há muitos, muitos anos. Há de ser alguma coisa como um hábito. Tive um amigo, bom escritor, que dormiu aos oitenta e dois anos, que não foi capaz de adaptar-se ao computador. Escrevia fértil e facilmente em cima de uma olivet.



h) Deixe um recado para os poetas iniciantes.

Ler primeiro, depois escrever. Aos 14 anos, orientado pela mestra, li José de Alencar em Iracema. E não parei mais. A mim, a leitura estimula. Lendo, às vezes fecho o livro para escrever um poema. Quem escreveu que eu lesse que a criança aprende a falar ouvindo e o escritor aprende a escrever escrevendo? Não me ocorre o nome. Penso que antes de escrever será preciso ler. Quando começar, se gosta, vá em frente, não ouça aves agoureiras. Poderá consultar seu professor de letras, sendo estudante, fora disso, algum modo vire-se. Mande às favas os agourentos.